A doença periodontal, diferentemente da cárie (que destrói a estrutura dentária), atinge os tecidos que circundam o dente (osso, gengiva e ligamento periodontal). Pode ir desde uma gengivite, quando a inflamação está restrita a gengiva, à periodontite (também conhecida popularmente como piorréia), quando já houve comprometimento do osso e ligamento.
É uma doença infecto-contagiosa, portanto pode ser transmitida de uma pessoa para outra. Porém, a simples presença da bactéria não determina a atividade da doença. São necessários outros fatores, como má higiene bucal, tabagismo ou mesmo a genética para que a doença ocorra.
Alguns fatores podem tornar as pessoas mais susceptíveis ao desenvolvimento de doenças periodontais como: cigarro, diabetes, má higiene, genética susceptível, doenças que comprometam o sistema imune, gravidez, puberdade, desnutrição, tratamento para câncer.
Desfazendo um Mito
É comum ouvir de mulheres que estão grávidas que não podem ir no dentista por causa da gestação. Grande engano! Mulheres grávidas não só podem, como devem fazer acompanhamento pré-natal odontológico. Existe uma predileção pelo segundo trimestre para atendimento por questão de conforto da gestante, mas não existe proibição do atendimento, salvo em casos específicos.
O aumento dos hormônios na gestação é tudo que querem algumas bactérias e isso inclui as que causam a doença periodontal. Sendo assim, gestantes tem mais tendência a ter sangramento gengival, doenças periodontai e granuloma gravídico.
Vale lembrar também que infecção aumenta a chance de parto prematuro.
Sinais e Sintomas
Mau Hálito
Sangramento gengival, às vez também de forma espontânea
Retração Gengival
Mobilidade Dentária
Cálculo Dentário (tártaro)
Dormência nos dentes
Movimentação dentária (abertura em leque)
Gosto Ruim na boca
Gengiva vermelha e inchada
Pus e abscesso
Perda óssea
Tratamento
Inicialmente é feito o diagnóstico através de exames radiográficos e principalmente exames clínicos para definir qual o tipo de doença e qual a conduta.
O tratamento pode envolver controle de placa, raspagem supra e subgengivais, cirurgias para raspagem e cirurgias reparadoras.
É importante ressaltar que a doença não tem cura, mas pode ser controlada e uma vez que as perdas ocorrem (osso e gengiva) elas não são recuperadas no tratamento. Na maior parte das vezes só é possível parar o processo da doença, mas as seqüelas permanecem. Portanto quanto mais cedo se inicia o tratamento melhor.
Dra. Roberta Rodrigues
CRO-BA 8026
